Outra expressão que me chama a atenção pelo mesmo motivo é SAYÔNARA. Muitos materiais traduzem como TCHAU, expressão que no Brasil é comumente usada ao se despedir de alguém em diversas situações (seja de alguém que se vê todos os dias, ou de alguém que você verá novamente em poucas horas, ou mesmo ao se despedir de alguém que está indo para bem longe, onde ficará por um bom tempo). Pensando na situação de despedidas cotidianas, dos colegas de escola ou de trabalho, vemos nossos aprendizes de japonês dizerem SAYÔNARA ao se despedir dos colegas, quando normalmente vemos os japoneses usarem JA, MATA NE (até mais) , ou simplesmente MATA NE (até), ou MATA ASHITA (até amanhã). Uma vez uma professora japonesa me disse que o termo SAYÔNARA era algo com um significado muito forte, e por isso não deveria ser utilizado em despedidas cotidianas. Isso já faz algum tempo, talvez uns 10 anos. No mesmo dicionário citado anteriormente, este termo traz vários exemplos e todos acompanhados da palavra ADEUS, o que confirma a observação feita a mim pela professora japonesa.
Vale a pena ressaltar a importância e a força do uso da língua pelas pessoas, as quais fazem parte de grupos sociais. E as práticas entre esses grupos, que são possuidores do domínio de transformação dessa língua, são determinantes para as mudanças que ocorrem na língua. A língua é uma coisa viva, e que sofre mudanças constantemente, e à medida em que é usada e as mudanças vão sendo cristalizadas, o uso de uma ou outra expressão, ou mesmo de uma ou outra palavra também poderá sofrer alteração em seu significado. E o que outrora era considerado errado pode passar a ser o correto.
abçs
リマ・マルレイ
Hoje encontrei um aprendiz de japonês por volta das 10:30 da manhã, e falei KONNICHIWA. Ele, na hora me disse, "-Você disse KONNICHIWA? Não teria de ser OHAYÔ?". Achei interessante, pois ontem a noite havia postado sobre esse assunto.
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